O que é?
O transtorno de pânico é uma doença psiquiátrica caracterizada por múltiplos ataques de pânico que ocorrem de forma recorrente. Um ataque de pânico, por sua vez, é definido como um momento de medo e ansiedade extrema que se inicia de forma repentina e inesperada e dura cerca de 20 minutos. Apesar de ser uma condição com origem no cérebro, os ataques de pânico são sempre acompanhados por sintomas físicos. Os principais incluem:
– Coração acelerado ou palpitações;
– Suor e calafrios ou ondas de calor;
– Tremores e formigamento nas mãos;
– Sensação de falta de ar, asfixia ou sufocamento;
– Dor ou desconforto no peito (muitas vezes simulando um quadro de infarto do coração);
– Náuseas e mal-estar abdominal;
– Tontura, vertigem, sensação de desmaio iminente;
– Medo de perder o controle ou enlouquecer;
– Medo de morrer.
Outra característica importante para identificar esse transtorno é o medo ou apreensão persistente, após uma crise, de que ela se repita e das consequências que ela pode trazer. Em decorrência disso, a pessoa pode passar a evitar situações desconhecidas ou que ela julgue como possíveis causadoras dos ataques. Essa doença costuma aparecer entre os 20 e 24 anos de idade e é duas vezes mais frequente em mulheres, sendo estimado que até 3% da população mundial tenha esse transtorno.
Existe tratamento?
Sim. O transtorno de pânico pode ser tratado utilizando-se estratégias de psicoterapia ou de medicações. A psicoterapia mais indicada nesses casos é a terapia cognitivo-comportamental. Quando optado por um tratamento farmacológico, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina costumam ser as melhores opções. A decisão entre essas duas abordagens terapêuticas depende da preferência e da aceitação do paciente, visto que os estudos têm mostrado que não há diferença em termos de eficácia entre essas duas terapias. Em casos mais graves, quando há associação do transtorno de pânico com outros quadros psiquiátricos, pode ser iniciado o tratamento com uma combinação de psicoterapia e medicação.
Referências:
Imai H, Tajika A, Chen P, Pompoli A, Furukawa TA. Psychological therapies versus pharmacological interventions for panic disorder with or without agoraphobia in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2016;10:CD011170
Peter P Roy-Byrne, MD. Panic disorder in adults: Epidemiology, pathogenesis, clinical manifestations, course, assessment, and diagnosis. Uptodate. Jun 18, 2019.
American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5), American Psychiatric Association, Arlington 2013.
